Carnaval e Turismo: a festa que movimenta bilhões de reais todos os anos no país tem queda em demanda causada pela pandemia

Carnaval e Turismo: a festa que movimenta bilhões de reais todos os anos no país tem queda em demanda causada pela pandemia

O carnaval é sem dúvida uma das datas mais importantes e queridas do calendário turístico nacional. Marcante pelos blocos de rua e trios elétricos, bem como eventos em clubes, além dos grandes desfiles das escolas de samba, a celebração de 4 dias que possui origem católica e ganhou uma nova identidade no Brasil, chega a aumentar em até 40% o lucro dos setores de comércio e serviço. Como responsável por boa parte do faturamento arrecadado para o ano inteiro, o Carnaval ainda dobra o valor dos negócios, segundo dados do  Instituto Politécnico de Ensino a Distância (IPED).

Ainda de acordo com a entidade, o período de festividades é considerado o campeão em movimentação econômica no país, sobretudo em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro, cidades que mais realizam grandes eventos e recebem o maior número de turistas durante a data. Só na capital baiana, nos anos anteriores à pandemia de Covid-19 a festa era responsável por 95% da ocupação hoteleira, atendendo a cerca de 600 mil turistas, incluindo estrangeiros, e gerando 200 mil empregos temporários, segundo dados da Secretaria de Turismo do estado. 

Desde 2020, no entanto, último ano em que as comemorações ocorreram normalmente, a pandemia do novo coronavírus vem impactando negativamente no desempenho comercial do Carnaval, principalmente para os segmentos turísticos e hoteleiros, bem como de comércio e outros serviços. Em estudo recente, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as novas variantes do vírus, com destaque para a Ômicron, farão com que o Carnaval perca 33% do seu movimento econômico. As perspectivas são de que em 2022 a festa gere um faturamento de R $ 6,5 bilhões, em comparação direta aos  R $ 9,5 bilhões, em valores absolutos,  durante o mesmo período de 2020. 


Como ficou o Carnaval em 2022? 


Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 24 capitais brasileiras e o Distrito Federal oficialmente cancelaram ou adiaram a festa, tendo as festividades de ruas como as principais afetadas. Embora a proibição do Carnaval esteja em vigor em algumas cidades, conforme decretos de governos estaduais e municipais. 

No entanto, o cenário se mantém pessimista com estimativas de que, em todo Brasil, a suspensão do Carnaval abra um rombo de R $  8 bilhões de reais, deixando de criar 70 mil empregos e pavimentando um recesso sem precedentes para as empresas ligadas à festa. Além da crise sanitária, números tirados da pesquisa da CNC, também apontam a instabilidade causada pelo ano eleitoral e a inflação no país como itens que prejudicaram o faturamento da data em 2022, uma vez que o poder aquisitivo dos brasileiros está reduzido e há um clima político instável. 

O estudo utilizou dados do IBGE para reforçar que alguns dos produtos que terão os preços mais atingidos serão as passagens aéreas e bebidas alcoólicas, com custos elevados em 23,4% e 12,8%. “A desaceleração da pandemia e a queda do isolamento social ao longo de 2021 possibilitaram a recuperação gradual da atividade econômica para o terceiro setor. Entretanto, os impactos adversos decorrentes da deterioração das condições econômicas e, principalmente, a chegada de uma nova variante do novo coronavírus passaram a limitar o ritmo de recuperação do setor no fim do ano passado”, salienta um trecho da pesquisa. 


Recessão pós carnaval: como driblar? 


Principalmente para as empresas hoteleiras e de serviços relacionados ao comércio e turismo, será imprescindível usar de muita criatividade para tentar manter um faturamento relativamente bom após o período, ou pelo menos, nos meses correspondentes aos eventos típicos que foram adiados, previstos para o mês de abril no Rio e em São Paulo. 

Apostar em parcerias corporativas, grandes promoções e em economia compartilhada, também conhecida como economia colaborativa ou circular, pode ser uma boa saída para gestores e outros comerciantes que dependem da data para aumento de fatruramento. Para  atender a demanda dos foliões, já no terceiro ano sem carnaval, será fundamental utilizar de algumas estratégias, tais como, reforçar a conformidade com medidas de proteção e segurança recomendadas, em toda e qualquer divulgação de eventos,  e ainda evitar a superlotação e aglomeração nos locais abertos ao público. 

Dentre os principais investimentos baseados em economia circular e que podem suprir à parcela da população que pensa em viajar e conhecer novos locais, de maneira segura, se destacam os empreendimentos de multipropriedade e time share, que podem oferecer um descanso mais econômico aos turistas, além de mais privativo, sem aglomerações ou com muito contato social. 

Vale lembrar que a maioria das cidades liberou o funcionamento normal dos estabelecimentos comerciais entre os dias 26 de fevereiro e 2 de março. Portanto, segundo especialistas em gestão de crise as principais ações a serem tomadas para tentar reverter parcialmente as perdas no período, são:


  1. Segmentar ainda mais  o público-alvo e investir em uma comunicação assertiva do seu negócio para captar viajantes e consumidores

  2. Garantir que o seu negócio esteja atrativo e alinhado com a realidade econômica e preferências do seu público

  3. Preparar e anunciar ofertas temáticas, ligadas ao feriado

  4. Se organizar para tentar diversificar os investimentos, e manter-se atualizado às tendências e projeções econômicas para o setor. 


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