Empatia e reconexão: Quais são as principais tendências para a gestão de pessoas no turismo imobiliário em 2023?
De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Great Place to Work (GPTW) e Great People, ecossistema de marcas que apoiam empresas na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis, o desenvolvimento e a capacitação da liderança (50,8%), a cultura organizacional (34,8%) e a comunicação interna (29,1%) serão as três principais prioridades das áreas de gestão de pessoas no Brasil, em 2023, indicadores que podem nos ajudar muito em nosso dia-a-dia corporativo.
O estudo, feito com 1.716 executivos, sendo 63,2% de recursos humanos e 36% em cargos de gerência e diretoria, ainda mostra que as características mais valorizadas das lideranças pela cúpula das organizações são empatia e gestão humanizada (46,8%), conhecimento do negócio, produtos e serviços (43,2%), alinhamento com a estratégia (41,4%), resiliência e adaptação às mudanças (35,6%).
Em outras palavras, pode-se dizer que a grande responsabilidade das empresas, quando se fala em gestão de pessoas do futuro, será elevar o reforço de patamares de cultura e liderança com os colaboradores.
Segundo o CEO e sócio da Verta, Fernando Salomão, é interessante pontuar que embora essa responsabilidade possa representar um desafio em um momento de aumento da incerteza e redução do otimismo em relação ao mercado de trabalho brasileiro, ela também pode ser considerada uma chance de expansão.
“Trazendo para o segmento imobiliário turístico, temos uma oportunidade enorme de definirmos práticas efetivas direcionadas para o bem estar e saúde mental dos profissionais de vendas, marketing e relacionamento com o cliente”, afirma.
Tal oportunidade se mostra desde os primeiros dias de um novo integrante em uma empresa, em que aparecem um misto de emoções e expectativas sobre a organização e as pessoas, que podem ser confirmadas ou frustradas, com isso, a forma como essas relações são estabelecidas será determinante para a integração e engajamento do integrante ao time e cultura organizacional.
Falar sobre empreendimentos imobiliários de multipropriedade é antes de qualquer coisa, falar sobre pessoas. Afinal, são elas quem reinventam demandas e criam novas soluções para o futuro, assumindo papéis de protagonismo em qualquer possibilidade ou construção real de economia compartilhada e sustentável.
É nesse cenário de supervalorização de público, seja ele externo ou interno, isto é, incluindo parceiros e colaboradores dos negócios, que vale a pena destacar a empatia e a reconexão como duas das principais tendências para a gestão de pessoas no turismo imobiliário, e que podem ser determinantes para boas estratégias e indicadores de performance no meio.
“Entendo que o começo de tudo, é o foco na execução de um onboarding bem feito, deixando explícito as regras e procedimentos da empresa, qual o papel esperado daquele novo colaborador, a compreensão sobre os valores que devem ser seguidos no negócio (cultura), e a conexão, através do reforço do vínculo entre a empresa e o colaborador”, explica Fernando.
Capacitação da Liderança e Employee Experience: Como colocar em prática?
Ainda de acordo com especialistas, é necessário colocar em prática as ações de governança que lançam este olhar atento para as pessoas que estão na rotina da operação, como é o caso da liderança descentralizada destacada por Fernando.
“Sobre o principal pilar apontado na pesquisa do GPTW, o da liderança, um estilo que tem se mostrado como muito bem-sucedido hoje, e tento aplicar no dia a dia da minha empresa é o da liderança descentralizada, onde o que menos importa nesse papel é o título (gestor, diretor, etc.), e sim, o quanto você consegue despertar o que há de melhor nas pessoas”.
Assim, mesmo que nem todos ocupem posições de liderança dentro da equipe, as habilidades de um líder continuarão muito bem-vindas na condução de atividades e nas relações interpessoais do cotidiano, sendo essas noções como: auto gestão, pró atividade, comunicação aberta, alinhamento contínuo e visão de análise de indicadores.
Vale ressaltar que a Experiência dos colaboradores também apareceu no estudo como a quarta principal prioridade da gestão de pessoas, depois de comunicação interna com 28,3% das respostas dos entrevistados. E outra pesquisa, realizada pela consultoria Gartner com mais de 800 líderes de RH, confirma que entre as principais prioridades para o setor em 2023, estão: experiência do colaborador, desenvolvimento da liderança e gerenciamento de mudanças.
Quando surge o termo experiência logo pensamos na criação de sensações e na geração de um valor intangível para os consumidores de determinado produto ou serviço, porém, o conceito vem também sendo ampliado para enquadrar as sensações e vivências dos colaboradores, ou seja público interno, no mercado de trabalho.
Desta maneira, a Employee Experience ou E.X, que pode ser traduzida do Inglês para Experiência do Funcionário, significa ter o colaborador como foco central das decisões tomadas pelos Recursos Humanos, promovendo mais motivação e consequentemente melhores resultados para os negócios e profissionais.
O conceito tende a entrar cada vez mais em evidência, ainda mais se levarmos em consideração a sua união à cartilha ESG, que já há um tempo dá noções de maior humanização e valorização da comunidade, a serem seguidas na prática pelas empresas que se orientam por inovação.
Engajar talentos e construir lideranças deve ser quase como um ritual
Sem dúvidas, todas as tendências têm em comum o bem-estar e cuidado das pessoas vistos como essenciais para o crescimento sustentável dos negócios. Mas mesmo considerados de grande importância, não é uma tarefa fácil colocar esses conceitos em prática de forma eficiente e por isso exige novas habilidades de gestão.
“Pela segunda vez, em cinco edições da pesquisa, a capacitação dos líderes ocupa o primeiro lugar da lista de prioridades das companhias”, destaca Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do Great People. “O mundo do trabalho mudou e há mais gerações trabalhando juntas”. É preciso desenvolver as chefias para um novo contexto de produção, que exige mais flexibilidade, humanidade e, ao mesmo tempo, eficiência e resultados, explica.
Para Fernando Salomão, os líderes à frente dos negócios são os principais responsáveis pelo fortalecimento da cultura, o que considera uma necessidade a ser desenvolvida para aumentar o engajamento do colaborador com os objetivos da empresa.
“Separo cultura em 2 partes, sendo a primeira delas alinhar os objetivos da empresa com os objetivos do colaborador e a segunda, definir um ritual de gestão para integrar e dar mais transparência aos objetivos da empresa.” Em um primeiro momento, o empreendedor explica que entende os seus sonhos de curto, médio e longo prazo dos colaboradores e traça um plano alinhando performance e retornos financeiros para a realização desses objetivos. “Fazendo isso, entendo que o fator emocional pode contribuir para aumentar o número de acertos em relação às metas”.
Já na segunda parte complementar, o foco é na visão e senso de comunidade dos colaboradores. “Aqui na Verta, implantamos a mais de 4 anos o Scrum, que é uma metodologia ágil baseada em sprints, que são os ciclos de produção de um projeto, garantindo revisão e aperfeiçoamento constantes para que o resultado seja sempre o melhor possível”.
O trabalho colaborativo é uma necessidade dentro da aplicação dessa estratégia, e a presença dos colaboradores nesses rituais fortalece o alinhamento entre eles e o seu o sentimento de pertencimento com a empresa, como é o que tem acontecido na Verta.
Ei, empreendedor, queremos conversar com você sobre a gestão de pessoas no seu negócio de multipropriedade. Entre em contato com a Verta e saiba como podemos te ajudar!
